A noite chegou.
Migraram os vaga-lumes,
As estrelas minguaram,
As labaredas do fogo sumiram,
E os candeeiros apagaram-se.
A noite caiu pesada como chusmas de chumbo.
Engalfinhou-me tal serpente sutil sufocando-me o peito.
A noite chegou medonha,
Enforcando-me como condenada.
Encolho-me medrosa frente á desgraça de minha espécie.
A noite está carregada de saudades e nostalgia
E de medo
E de tristeza pela sina da humanidade.
Um desconforto, um aperto no peito.
E a violência a grassar nas cidades .
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