sábado, 15 de outubro de 2011

ALMA ERRANTE




 Autora:  Terezinha Rocha de Almeida


Minha alma vagueia como corpos celestes,
perdida no infinito,
como vaga-lume numa noite escura
voeja na absoluta amplidão.

Entre tropeços circulo buscando luz e clareza,
faço voltas e caio extasiada, abatida pelo cotejo.

Que enfado enorme será esse que me verga as asas,
que me curva os ombros,
que me entorpece,
que me embota a coragem e me opacifica o brilho?

Que coisa estranha meu Deus!
Fatigada, quero parar na estrada,
quando há tanta trilha por caminhar.

Tenho que persistir, continuar,
arrastar os frangalhos da existência,
tal borboleta ferida,
ou fragmento de meteoro no espaço a errar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário