Autora: Terezinha Rocha de Almeida
O poeta olhou o rio
O poeta olhou o rio
e achou que era um espelho,
onde a lua e as estrelas gostavam de se mirar.
O louco olhou o rio
e pensou ser este uma lágrima imensa,
correndo na face da terra.
O homem enamorado olhou o rio
e viu nas suas águas a fonte da sobrevivência,
a garantia de seu sustento.
A criança olhou o rio
e pensou num brinquedo que corria, corria.
Era pura alegria.
O velho olhou o rio
e achou que era igual a sua vida.
Quanta água já havia passado...
Eu olhei para o rio, não o encontrei.
Apenas uma lembrança,
apenas uma saudade estaria no seu lugar.
Imaginei... Se fosse o rio o São Francisco?
Carregar-me-ia para o seu leito,
levar-me-ia para o mar.
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